Horário do Fim

/ segunda-feira, 25 de julho de 2011 /

Através de passos alternados de consciência e paciência, caminhava...
E caminho, pois nada ensina melhor sobre a convivência,
Do que a solidão. Parece contradição,
Tal como usar o fogo, para ensinar a andar sobre a água.

Presa em pensamentos, o que temer? A quem temer?
O nada. Ou apenas lentamente morrer.

Envolta numa embriaguez sem vinho,
Só peço que não me impeça de ver o que anseio;
O fim do caminho que revejo.

Sim, escrevi esta mensagem hoje mesmo,
Em folha de papel bruto
Que lancei ao vento
E que falava um pouco de tudo.

Escolhi as palavras certas
Que usei num tempo errado,
Nem sei porque o fiz,
A vida é uma passagem, como se diz...

O relógio não ficou parado,
E não se vive do lamento
Pois afinal... Já passou tanto tempo
Mas só hoje tive coragem.

De leve consciência me encontro,
Sei que num futuro próximo o preconceito
Não terá retorno.
E nesta prolongada introspecção,
O horário do fim denuncia a minha razão.

____

Sara Queiroz

(ajuda do Pedrão)

1 comentários:

{ Pedro Monteiro } on: 27 de julho de 2011 às 21:27 disse...

Grande Mensagem :)

Poemas

Acima encontram textos produzidos por nós. Naquela de achar que podemos conferir elevado grau de melo-dramatismo e inspiração às vossas vidas. Or maybe not.

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