As coisas que amamos, as pessoas que amamos
São eternas até certo ponto.
Duram o infinito variável ao limite do nosso poder.
De respirar a eternidade,
Pensá-las é pensar que não acabam nunca,
É dar-lhes aquela moldura de granito,
Como se tratasse do infinito.
De outra matéria se tornam,
Numa outra realidade.
Começam a esmorecer quando nos cansamos,
E todos nos cansamos, inevitavelmente,
De aspirar a resina do eterno.
Já não pretendemos que sejam imperecíveis.
Restituímos cada ser e coisa à condição precária,
Rebaixamos o amor ao estado de utilidade.
Do sonho de eterno fica esse gosto acre,
Na boca, na mente,
Sei lá, talvez no ar.
São eternas até certo ponto.
Duram o infinito variável ao limite do nosso poder.
De respirar a eternidade,
Pensá-las é pensar que não acabam nunca,
É dar-lhes aquela moldura de granito,
Como se tratasse do infinito.
De outra matéria se tornam,
Numa outra realidade.
Começam a esmorecer quando nos cansamos,
E todos nos cansamos, inevitavelmente,
De aspirar a resina do eterno.
Já não pretendemos que sejam imperecíveis.
Restituímos cada ser e coisa à condição precária,
Rebaixamos o amor ao estado de utilidade.
Do sonho de eterno fica esse gosto acre,
Na boca, na mente,
Sei lá, talvez no ar.
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