Incerteza / Verdade Receosa

/ quinta-feira, 27 de novembro de 2008 /
Incerteza


Eu danço ao som da incerteza,
Vendo em tons cinzento.
Será sempre uma beleza
Caminhar contra o vento

Duas vidas cativantes
Que me atraem fortemente
Porquê tão cintilantes?
Vivo-as tão secretamente

Salvação, salvação!
Quero-a do fundo do coração..
Sempre é melhor que apodrecer no caixão,
Triste destino que tão longe me espera,
Que procurará ceifar minha alma sincera.

Sara Queiroz
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Verdade receosa


E se for verdade?
E se for verdade este receio que me inunda,
Este medo que me sufoca e me deixa muda?

Receio este que me prende totalmente,
Paralisou a força que me está latente.
Se o fogo era quente, agora é-me frio,
Insegurança esta, onde é que já se viu!

Deverei recear o sentimento que é amar?
Nunca a senti, daí o medo
Quero ver terminado este angustiante enredo,
Confio plenamente no teu doce olhar,
Transmite-me a calma que só tu me sabes dar,
A chave que eu preciso para não vacilar.

Sara Queiroz
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1 comentários:

{ vitor cardia } on: 13 de fevereiro de 2009 às 18:16 disse...

gostei particularmente da "incerteza" na sua tonalidade cinzenta da vertigem em que a nossa finitude e desejo nos lançam.
o que mais valerá? o céu ou um caixão putrefacto e fétido?

bjs

Poemas

Acima encontram textos produzidos por nós. Naquela de achar que podemos conferir elevado grau de melo-dramatismo e inspiração às vossas vidas. Or maybe not.

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